11 maio 2006

Quase 30 - em tom de desabafo



Como as despedidas de solteiro,
hoje festejo os últimos dias dos vintes
Faço um balanço da década que passou
Há dez anos
já era pai do bébé mais lindo
Marido da mulher mais bela
Cumplice dum Cosmos em Renovação
Era tudo tão lindo
que seria dificil manter-se assim para sempre
Deveria ser ainda a ilusão dos vinte
Que assentou em mim como uma luva
Sempre fui um sonhador
Construi castelos de cartas
na esperança que o vento não soprasse
Tornei-me naquilo que nunca fui
para poder ser o que não queria ser
perdi o que mais precisava
correndo atrás do pensava precisar
Sofri e fiz sofrer muito
Enchi um passado de péssimas memórias
com esperaça de que o futuro fosse melhor
e no presente...
pressinto...
sinto...
Que bom sentir de novo
estive longe do sentir
para poder pensar
em como ser
em como vencer
em como crescer
Que bom sentir de novo
tinha deixado de sentir
porque me magoava o sentimento
Agora magoa na mesma
mas a dor é a sombra do Amor
E ainda que doa
Amo ser quem sou

3 comentários:

Anónimo disse...

Que magnífico sentir o reencontro daquilo que nos move...

Abraços
Linkei-te com amizade!

Black Angel disse...

cheguei aqui através de uma resposta que deste no blog da Trintapermanente...gostei e linkei-te.

pelo que li praticas yôga. eu também há cerca de dez anos...

estive no Colombo quando do lançamento do livro do Mestre. também vou lançar um livro em breve, mês que vem (por aí). os convites vão se feitos via mail.

dá uma vista no meu blog.

Anónimo disse...

Sim, é verdade. A dor é a sombra do amor ou o seu crepúsculo. Mas a dor também faz sentir. E crescer. Aprender, talvez. Fico feliz por amares seres quem és. Ainda que doa. Ainda que que magoe. Mas lembra-te que o futuro não está escrito ainda. Somos nós que o vamos escrevendo neste imenso fluxo cósmico em que vamos inscrevendo as nossas pegadas. Acredito na Natureza, no Sol como força motora, nos astros como elemntos deste Universo em que gosto de me absorver principalmente à noite. E por vezes sinto-me tão pequeno. Acredito na música como força espiritual. Acredito que devemos gostar de sermos quem somos, por mais que doa às vezes. Que confissão profunda da tua parte naquelas palavras. Continua.

Um grande abraço