28 abril 2006

Atlântida. A Ilha do Amor


Há muito, muito tempo, no meio dum imenso azul...
Os Deuses, que há milénios se amavam enrolados nas nuvens mais fofas, mergulharam para refrescar o calor das almas acesas pelo desejo sem fim.
Ao tocar no Mar, uma aboboda rosea iluminou este lugar escolhido para o mergulho dos Deuses. Nadaram até ao Centro da Terra donde trouxeram a chispa de fogo como representação do calor que inundára os seus corações. Com o fogo nas mãos emergiram jubilantes. No rasto do seu corpo celestial, brotou a Terra seduzida num movimento de ascece, extâse e criação. Ao encontrar o Sol a Terra, feliz, enfeitou-se de florestas verdejantes, animais exuberantes e flores de todas as cores. Do seu intimo fez brotar as águas doces que escorriam pelo seu corpo como leitos de prazer. E com um esperguiçar ergueu no centro um cálice, para que os Deuses ali repousassem. Encantados com a Terra, escolheram esta ilha como o seu palácio. Aconchegaram-se no cume da montanha, deixando o perfume da Natureza acender o fogo que os unia e do beijo mais longo da história surgio um Som...Era o sorriso duma criança, e outras mil em cada suspiro dos Deuses. Filhos do Amor, da Natureza e daquela união divina...Assim eram os Atlantes.

memórias ou sonhos, meus ou da humanidade.
Emergentes do fundo de mim para ti com amor

27 abril 2006

A Dor do Sexo


Se o sexo doi?
Pergunta a pré-adolescente com um olhar inocente.
Em 24 horas num dia penso mais de metade em sexo. Poucas são aquelas em que tenho prazer. Na maioria sinto dor. O meu amor adora o sexo com o amiguinho dela, e só isso doi muito. Passo o dia a imaginar como é com eles...As palavras, os gemidos, o toque, as posições e o suplicio das sensações...O prazer que não consigo dar-lhe ou ou que ela não quer receber.
Se o sexo doi?
Pergunto-me rindo da minha infantilidade. Doi-me o dos outros e muito mais o de quem gosto quando não é comigo. Que infantil diria o meu Mestre. Foram tantos anos a desejar aquele corpo. A compor melodias de prazer com a ponta dos meus dedos, percorrendo cada curva com o entusiasmo da primeira viajem. Descobrindo o cosmos inteiro contido numa pele suave e perfumada, e fundido-me com ela escutando a alegria da Natureza que vibrava...do intimo das células até à mais distante das galáxias...

Já foi assim que senti a dor do sexo. Agora já não doi tanto.
Mas para os admiradores das relações abertas...lembrem-se que só é bom mesmo ser for bom para todos.

25 abril 2006

Liberdade é viver a sonhar


Faz hoje sete anos que recebi da vida a Liberdade de trabalhar no que gosto.
Passo agora pela crise dos sete anos. Faço um balanço do melhor e do pior.
Já aprendi imenso sobre mim e sobre a Naturesa Humana. Mas ainda não sei nada.
Sinto-me como a nossa Liberdade. Jovem imatura mas convicta da sua escolha.
Já apregoei a Liberdade aos sete ventos, mas quando chega a hora de me conseguir EU libertar, encontro amarras de sentimentos: medos, insegurança falta de confiança e até ignorância...a minha mais temida adversária. Mas mais do que não saber eu temo não ser. E esta é agora a minha luta. Uma revolução de flores dentro de mim. Sem sangue com amor e sonhos...muitos sonhos para viver e ser feliz.

23 abril 2006

Eu Sou


Eu sou a mudança constante
como o vento que faz dançar as árvores
sou o som do prazer que me faz vibrar
e estremecer corações
como as onda do mar
quando a rocha firme encontrar
sou o olhar doce, determinado a mergulhar
nas profundezas do olhar que me olha
e lá no fundo deixar um toque de carinho e esperança
que faz brilhar a joia perdida nos labirintos do ser
que anseia como eu a liberdade suprema
sou o calor da chama que herdei do meu Mestre
que aquece o cálice
pronto para receber e perpetuar
o conhecimento milenar

21 abril 2006

a primeira experiência

lembro-me de ter perdido a noção do espaço e mergulhar num único momento de prazer em ser