Merecerei esta solidão?
Ou nunca aprendi a fugir dela?
As crianças procuram-me como um porto de abrigo
Os amigos esquecem-me com facilidade
As mulheres, essas, desconhecem-me…
e quando me conhecem, gostam de mim
até me conhecerem melhor
depois odeiam-me… até muito tempo passado
me amarem e me odiarem simultaneamente
Que ser estranho eu sou…
Fadado à incompreensão
ao isolamento e insatisfação
E os deuses sem fado
troçam de mim
por ter ousado ser
livre sem fim…
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