25 setembro 2010

Enfim só

Merecerei esta solidão?

Ou nunca aprendi a fugir dela?

As crianças procuram-me como um porto de abrigo

Os amigos esquecem-me com facilidade

As mulheres, essas, desconhecem-me…

e quando me conhecem, gostam de mim

até me conhecerem melhor

depois odeiam-me… até muito tempo passado

me amarem e me odiarem simultaneamente

Que ser estranho eu sou…

Fadado à incompreensão

ao isolamento e insatisfação

E os deuses sem fado

troçam de mim

por ter ousado ser

livre sem fim…

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